Olivia Grace Clarisse Mignonette Harrison é completamente normal. A única coisa que não é normal nela é seu nome (muito comprido e meio principesco), sua habilidade para desenhar animais (algo muito útil para sua futura carreira como ilustradora da vida selvagem) e o fato de ser quase órfã, pois não conhece o pai e depois que a mãe faleceu se vê forçada a viver com a tia e o tio (que quase a tratam como se ela fosse da família). Até que num dia que tinha tudo para ser como os outros — totalmente normal — as coisas parecem sair do controle: a menina mais popular da escola ameaça bater em Olivia, o diretor ameaça lhe tirar um ponto e... uma limusine com a princesa da Genovia, Mia Thermopolis, surge do nada. A menina na verdade é uma princesa, meia-irmã de Mia, e finalmente poderá conhecer o pai, a avó, a Genovia, para então perceber que todos somos mais especiais que pensamos.
Honestamente, eu chorei de felicidade ao ver esse livro na livraria! É tão boa a sensação de poder reencontrar personagens que são presentes na minha história de leitura e agora poder conhece-los melhor através dos olhos de uma menina de doze anos só me empolgou mais ainda.
Olivia é uma menina muito doce, gentil e estudiosa, adora desenhar e pretende seguir essa carreira no futuro. Ela se descobre princesa do dia para noite (os leitores que acompanham a Mia no seu mais recente livro, já acompanhara a versão dela dessa parte) e tem que lidar com a fama, repórteres e pessoas invejosas. Porém, com a ajuda da nova família ela descobre como lidar com esse tipo de gente egoísta e mesquinha.
Definitivamente um ponto forte do livro são as ilustrações maravilhosas feitas pela própria Meg Cabot que só colaboram com a ideia da Olivia ser talentosa e de ser um diário bem intimista de uma menina novinha. A edição ficou divina e se tornou a minha favorita de toda a série das Grimaldi. A composição da diagramação, dos desenhos e dos capítulos só deu um toque especial para história!
"Pessoas que são tão esnobes e malvadas quanto ela são sempre muito inseguras" (p. 83)
Como a protagonista e sua melhor amiga são apaixonadas por narrativas de princesas, não poderia faltar um ensinamento para o leitor como existem nessas histórias né? A autora faz com que o leitor sinta a importância de uma família no crescimento e na formação de caráter, além de como lidar com o preconceito e a intolerância.
O livro é infantil, mas cativa qualquer leitor com sua narrativa fluída e leve. É o tipo de leitura que você faz em um dia (como eu fiz!) e quando percebe, já está nas últimas páginas torcendo para um final feliz para todos.
"—Quero ser uma princesa inteligente, corajosa e forte — declarei, me livrando dos braços dela —, que não julga as pessoas pela aparência e que se preocupa mais com seres humanos do que com coisas! E é por isso que quero morar com eles! — Apontei para o meu pai e para minha irmã" (p. 188-189)
Espero que gostem,
Beijos da Nath.